Crise ou exceção permanente? Duas hipóteses para a “inefetividade” do Estado democrático de direito no Brasil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.18316/REDES.v12i29569

Abstract

O Estado democrático de direito se dissemina globalmente como valor universal, contudo as razões para a “inefetividade” de suas promessas atendem a fatores específicos. Deslocando o olhar das crises conjunturais do constitucionalismo brasileiro em direção às estruturas sociais que impossibilitam a realização das suas pretensões emancipatórias, o presente trabalho analisa duas razões para a exceção permanente vivenciada no Brasil: a desigualdade estrutural que constitui o nosso modo de sociabilidade e a destituição da legalidade comum em tempos de hegemonia do neoliberalismo. Com base na articulação entre a teoria do direito, a filosofia política e a sociologia da modernidade periférica, o estudo conclui que a “lei do abandono” constitui o modo de funcionamento do Estado brasileiro. Desse modo, a luta pelo direito em nossa realidade periférica deve manter a consciência crítica desses limites estruturais como forma de não recair num juridicismo que reproduza e legitime a exceção como regra.

Author Biography

Macell Cunha Leitão, Centro Universitário Uninovafapi/Instituto de Ensino Superior ICEV

Doutor em Direito e Mestre em Teoria, História e Filosofia do Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina.

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Published

2024-08-30

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