O judiciário brasileiro e suas margens: breve proposta para pensar a discricionariedade do atual modelo de decisão judicial na produção de ilegalismos

Autores/as

  • Martônio Mont'Alverne Barreto Lima Universidade de Fortaleza. Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza
  • Plínio Régis Baima de Almeida Doutorando Faculdade Nacional de Direito (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.18316/redes.v8i3.6196

Palabras clave:

Interpretação, Voluntarismo Judicial, Etnografia do Estado, Poder Judiciário.

Resumen

O propósito do texto é acentuar o caráter político da jurisdição, a fim de acenar para uma possibilidade de leitura do voluntarismo judicial a partir dos limites da decisão judicial. Tratamos inicialmente acerca da discricionariedade enquanto espaço para o exercício do poder político do Judiciário para a produção de normas, destacando o caráter (também) político da decisão judicial na concepção de Hans Kelsen. Logo após, abordamos a antropologia das margens na perspectiva de Deborah Poole e de Veena Das, com o objetivo de tentar reconhecer nessa teoria aporte suficiente para uma nova leitura da discricionariedade judicial a partir das práticas dos membros do Judiciário na realidade cotidiana. Destacados os pontos essenciais, realizou-se um cotejo analítico com o voluntarismo judicial denunciado em tópico anterior, estabelecendo-se, com isso, melhor reflexão acerca da possibilidade de uma crítica dessa prática a partir da lente que permite reconhecer o Judiciário por suas práticas e por suas omissões na realidade concreta.

Biografía del autor/a

Martônio Mont'Alverne Barreto Lima, Universidade de Fortaleza. Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza

Professor da graduação e pós-graduação da Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Procurador do município de Fortaleza. Doutor pela Goethe-Universität Frankfurt am Main: Frankfurt am Main, Hessen, DE.  

Plínio Régis Baima de Almeida, Doutorando Faculdade Nacional de Direito (UFRJ)

Doutorando em Teorias Jurídicas Contemporâneas pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Mestre em Direito Público pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL.  Procurador do Município de Maceió/AL. Professor do Centro Universitário CESMAC.

Publicado

2020-08-12

Número

Sección

Artigos