Matemática escolar, escola bilíngue para surdos e processos de normalização

Autores

  • Fernanda Wanderer Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Fernando Henrique Fogaça Carneiro Mestre em Educação (UFRGS). Licenciado em Matemática (UFRGS).

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v23i2.4062

Palavras-chave:

Educação Matemática, Estudos Surdos, Pós-estruturalismo, Normalização.

Resumo

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa realizada com o objetivo de examinar enunciados produzidos por professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola bilíngue para alunos surdos sobre o ensino de matemática. Os aportes teóricos que sustentam o trabalho advêm do campo da Educação Matemática convergente às teorizações pós-estruturalistas. O material de pesquisa escrutinado é constituído por um conjunto de textos escritos pelas docentes sobre seus alunos e as aulas de matemática. A estratégia metodológica posta em ação para operar sobre os materiais orientou-se pela análise do discurso, como discutido por Michel Foucault. O exame mostrou a presença de práticas normalizadoras, circulando nas aulas de Matemática, que atuam na constituição de modos específicos de ser aluno e também regulam as práticas pedagógicas das educadoras. Percebe-se que, no limite, a matemática escolar é concebida como uma ciência transcendental pautada por características como a abstração e o formalismo, normalizando e conduzindo as condutas dos sujeitos escolares.

Biografia do Autor

Fernanda Wanderer, Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (UFRGS). Doutora em Educacão (UNISINOS). Mestre em Educação (UNISINOS). Licenciada em Matemática (UFRGS).

Fernando Henrique Fogaça Carneiro, Mestre em Educação (UFRGS). Licenciado em Matemática (UFRGS).

Mestre em Educação (UFRGS). Licenciado em Matemática (UFRGS).

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Publicado

2018-10-02

Edição

Seção

Artigos