Formação continuada em serviço: metatexto das memórias de professores do Ensino Fundamental em fase final de carreira

Autores

  • Simone Genske Furb
  • Rita Buzzi Rausch Furb

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v23i2.4577

Palavras-chave:

Formação Continuada em Serviço, Formação de Professores, Metatexto, Professores em Fase Final de Carreira, Professores Experientes.

Resumo

Este artigo visa comunicar parte dos resultados de uma pesquisa que teve como objetivo desvelar as memórias de professores do Ensino Fundamental em fase final de carreira da Rede Municipal de Ensino de Blumenau (SC) sobre a formação continuada em serviço, vivenciada em suas carreiras docentes. Realizou-se uma pesquisa socio-histórica, de abordagem qualitativa, sustentada em Gatti e Barretto (2009), Davis, Nunes e Almeida (2011), Nóvoa (2009; 2013) e Imbernón (2010; 2011). Os dados foram gerados por meio de cartas pessoais e técnica de complemento. O método de análise empregado foi a Análise Textual Discursiva. A pesquisa envolveu 14 professores em fase final de carreira da Rede Municipal de Ensino de Blumenau (SC). Os resultados indicaram as seguintes marcas positivas: diferentes modalidades formativas; relevância do curso do Magistério em nível de Ensino Médio; cursos do governo federal; formadores da própria rede de ensino e de profissionais externos; formação durante o horário de trabalho; formações por áreas específicas do conhecimento e grupos menores; encontros formativos mensais ou quinzenais; espaço de formação comum; troca de experiências; parceria entre professor experiente e iniciante; protagonismo do professor; equilíbrio entre teoria e prática; formação na escola; e análise de situações problemáticas. Em relação às marcas negativas, os dados revelaram: problemas em relação à eficiência e à qualidade da formação ofertada pelos formadores da SEMED; ausência de formações inovadoras e atraentes; práticas ocasionais, ausência ou descontinuidade na formação; pouco tempo disponível para a realização da formação; falta de acolhimento no período de inserção profissional; ausência do trabalho colaborativo; comodismo, desinteresse do professor na formação; descontinuidade de políticas educacionais eficazes; opiniões dos professores não são ouvidas; e excesso de teoria distante da prática. Recomenda-se ouvir os professores em fase final de carreira e realizar diagnóstico das suas necessidades formativas para elaborar uma política de formação continuada.

Biografia do Autor

Simone Genske, Furb

Mestre em Educação pela FURB. Integrante do Grupo de Pesquisa Formação de Professores e Práticas Educativas (GPFORPE) da linha de pesquisa Formação de Professores, Políticas Educacionais e Práticas Educativas. Especialista em Língua e Gramática: Estudos Linguísticos e Literários pela UNERJ (2004). Especialista em Pedagogia Gestora com Ênfase em Administração, Supervisão e Orientação Escolar pela ACE (2007). Especialista em Gestão Pública Escolar e Educação com Qualidade pela FACISA (2009). Graduada em Letras pela FURB (2002). Atualmente é coordenadora pedagógica da Rede Municipal de Ensino de Blumenau. Tem experiência na área de Letras com ênfase em Língua Portuguesa, gramática, gêneros textuais, assim como em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, formação continuada em serviço, ensino e aprendizagem, planejamento, gestão escolar.

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Publicado

2018-10-02

Edição

Seção

Dossiê