Os Corpos e as Corpas que a escola não toca: EJA e as dissidências sexuais e de gênero na perspectiva da formação docente

Autores

  • Rafael Siqueira de Guimarães PPGER - Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais - Universidade Federal do Sul da BahiaPPGE - Programa de Pós Graduação em Educação - Universidade Federal da BahiaPrograma de Pós Graduação em Psicologia - Universidade Estadual Paulista/Campus Assis http://orcid.org/0000-0001-9864-9825
  • Flavio Barreto de Matos Mestre em Ensino em Relações Étnico-Raciais PPGER/UFSB e Doutorando em Educação PPGE/UFBA

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v26i1.7419

Palavras-chave:

EJA, Gênero, Sexualidade, Identidade, Currículo.

Resumo

Este trabalho objetiva pesquisar-agir, partindo das trajetórias de vida do primeiro autor, através de narrativas confessionais atreladas aos processos constitutivos e formativos que compõem a modalidade de ensino da Educação de Jovens e Adultos – EJA, no Colégio Municipal Alice Fuchs de Almeida, do município de Una, localizado na região Sul da Bahia. A partir desse diálogo entre o pessoal e o profissional, nasceu a proposta de intervenção pedagógica Gênero, Sexualidade e Interseccionalidade, fundamentada em saberes decoloniais, por meio de práticas pedagógicas inovadoras e engajadas, e através da seleção prévia de autoras e autores que partem das cosmologias e epistemologias do oprimido e explorado pela diferença colonial, assegurando, assim, aos profissionais da educação que atuam na EJA, o desenvolvimento integral do potencial humano, de modo a torná-los capazes de garantir o exercício pleno da cidadania aos estudantes integrantes dessa modalidade. Sob essa perspectiva, a metodologia utilizada nessa proposta partiu de um universo de significados que exigiam reflexões e conhecimento sobre o que está posto no currículo escolar e na prática pedagógica. Encontros formativos e ações desenvolvidas nos espaços das Atividades Complementares-ACs foram os ambientes de fomento a essas reflexões e conhecimento. Dessa forma, identificamos como os atos de currículo podem implicar nas representações das sexualidades, de gênero e das identidades étnico-raciais dos corpos e corpas dessa modalidade de ensino, ocasionados pela supremacia hegemônica do homem branco, heterossexual, cristão e de classe interferindo de forma negativa na vida dos estudantes, uma vez que são em sua maioria pessoas que fogem a essa matriz colonial.

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Publicado

2021-04-07

Edição

Seção

Artigos