Ontologia e epistemologia do sofrimento em Cassell

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/dialogo.v0i50.9169

Palavras-chave:

Ontologia, epistemologia, sofrimento

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise ontológica e epistemológica da teoria do sofrimento em Eric J. Cassell (2004), como subsídio para o desenvolvimento de pesquisas sobre o sofrimento no trabalho, em Ciências Sociais, baseadas nesta teoria. Para tanto, o trabalho, de cunho teórico-conceitual, inicialmente apresenta os fundamentos das abordagens ontológicas do realismo e do idealismo e das abordagens epistemológicas do positivismo, construtivismo e pós-positivismo. Com este referencial, o trabalho prossegue analisando os aspectos ontológicos e epistemológicos da teoria do sofrimento do autor. A conclusão é que a proposta teórica do autor para compreensão do sofrimento promove um avanço metodológico no campo da Medicina ao integrar aspectos do idealismo e do construtivismo na teoria e práticas de uma ciência que é fundamentalmente realista e positivista. O conceito de sofrimento assim proposto pelo autor abre possibilidades para sua aplicação nas Ciências Sociais e de gestão das organizações para a compreensão do fenômeno em outros contextos e realidades.

Biografia do Autor

Milton dos Santos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Graduação em Economia e Mestrado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutorando em Ciencias Empresariales y Sociales na Universidad de Ciencias Empresariales y Socieles - UCES, Argentina. Professor do Departamento de Administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Referências

BRIONES, G. Epistemología de las Ciencias Sociales, Bogotá: ICFES, 2002. 233 p.

BUNGE, M. Epistemología – curso de actualización. 3ª ed. Cidade do México: Siglo XXI Editores, 2002. 252 p.

CASSELL, E. J. The Nature of Suffering and The Goals of Medicine. 2ª ed. New York: Oxford University Press, 2004. 254 p.

CASSELL, E. J. Bio. 2018. Disponível em: <http://www.ericCassell.com/bio.html>. Acesso em: 3 de novembro de 2018.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. 2ª ed. amp. Petrópolis: Vozes, 2017. 128 p.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 12ª ed. Coleção Debates, 115, São Paulo: Perspectiva, [1962] 2013. 324 p.

FARINHA, N. J. Paradigmas Científicos e Processos de Investigação em Ciências de Gestão. Contabilidade & Gestão - Portuguese Journal of Accounting and Management. 14, novembro de 2013, 103-140. Disponível em: <https://www.occ.pt/fotos/editor2/cg14_c.pdf>. Acesso em: 3 de novembro de 2018.

GRAYLING, A. C. Epistemology. In: N BUNNIN, N. e TSUI-JAMES, E. P. (Eds.). The Blackwell companion to Philosophy. Oxford: Blackwell, 1996. p. 38-63.

NETA, R. (Ed.). Current controversies in epistemology. New York: Routledge, 2014. 153 p.

PÉREZ JÁUREGUI, I. Estrés laboral y síndrome de Burn out: sufrimiento en el trabajo. 1ª ed. Buenos Aires: Psicoteca Editorial, 2005. 119 p.

PÉREZ JÁUREGUI, M. I. Projectos de vida y liderazgos auténticos: técnicas de evaluación. 1ª ed. Buenos Aires: Psicoteca Editorial, 2015. 128 p.

RAMOS, C. A. Los paradigmas de la investigación científica. Avances en Psicología. 23(1). 9-17. 2015. Disponível em: <http://revistas.unife.edu.pe/index.php/avancesenpsicologia/article/view/167>. Acesso em: 3 de novembro de 2018.

RETAMOZO, M. Constructivismo: Epistemología y Metodología en las ciencias sociales. In: EDLG TOLEDO e G LEYVA (Coords). Tratado de metodología de las ciencias sociales: perspectivas actuales. DF (México): Fondo de Cultura Económica, 2012. p. 325-351.

SAMAJA, J. A. 2004. Epistemología y Metodología: elementos para una teoría de la investigación científica. 3ª ed., 4ª reimpr. Buenos Aires: Editorial Universitaria de Buenos Aires, 2004. 415 p.

Downloads

Publicado

2022-11-28

Edição

Seção

Artigos