Tecnologias sociais aplicadas à educação: contribuições de uma analise conjuntural e local

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v29i2.10928

Palavras-chave:

Tecnologias Sociais, Educação, Desenvolvimento interpessoal, Competências Socioemocionais.

Resumo

As Tecnologias Sociais (TS) fundam-se em conhecimento popular, criatividade e na disponibilidade de recursos da localidade qual emerge. As TS possuem objetivos explícitos de melhoria da qualidade de vida, inclusão social e empoderamento das parcelas menos favorecidas da população. Esta pesquisa discute os efeitos das TS no comportamento humano, daqueles que com elas interagem. Frente ao exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar a contribuição das TS na educação especificamente, verificar as TS implantadas por uma instituição em estudantes de uma cidade no interior do Estado de Sergipe. Para tanto recorre a uma abordagem qualitativa com caráter exploratório mediante o emprego de uma revisão documental e bibliográfica. Os principais resultados reforçam a relevância da TS como expressão de dissolução alternativa ao que vem sendo entregado a sociedade pelos formatos hegemonicamente consolidados.

Biografia do Autor

Alexandre Pedro Moreira, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Ciências Econômica pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG(2018). Possui Mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal de Sergipe-PPGE/UFS (2022) Atuou como pesquisador do Laboratório de Economia Aplicada e Desenvolvimento Regional (LEADER/UFS) e Laboratório de Pesquisa em Economia Aplicada (LAPEA/UFCG). Tem experiência na área de Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: Economia Industrial e Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Regional, Matemática e Administração Financeira e Avaliação de Projetos Sociais. (Texto informado pelo autor)

Luiz Carlos de Santana Ribeiro, Universidade Federal de Sergipe

uiz Carlos de Santana Ribeiro é Doutor em Economia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais - CEDEPLAR/UFMG (2015), com Doutorado-sanduíche na University of Illinois at Urbana-Champaign, mestre em Economia pela Universidade Federal da Bahia (2010) e bacharel em Economia pela Universidade Federal de Sergipe (2007). Atualmente é Presidente da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos (ABER), professor Adjunto do Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe (DEE/UFS), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE/UFS), Coordenador do Laboratório de Economia Aplicada e Desenvolvimento Regional - LEADER e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq . Foi Diretor-Financeiro da ABER (2019-2021), Coordenador do Comitê de Área Ciências Sociais Aplicadas (2019-2021) e Membro Assessor da Câmara de Assessoramento da FAPITEC/SE (2018-2020). Tem experiência em Economia, com ênfase em Economia Regional e Modelos Matemáticos e Estatísticos, atuando principalmente nos seguintes temas: Insumo-Produto, Equilíbrio Geral Computável, Análises Setoriais, Desenvolvimento Regional, Economia do Meio-ambiente e Economia do Turismo. Parecerista da Economic Systems Research, Regional Studies, Regional Science Policy and Practice, Spatial Economic Analysis, Current Issues in Tourism, Climate Policy, Nova Economia, Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, Revista Econômica do Nordeste, entre outras. É membro da ABER, Regional Science Association International (RSAI) e International Input-Output Association (IIOA). (Texto informado pelo autor)

Samia Mercado Alvarenga, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Economia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (CEDEPLAR/UFMG). Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal de Sergipe (NUPEC/UFS). Formada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Referências

ANDRADE, J. A.; VALADÃO, J. A. D. Análise da instrumentação da ação pública a partir da teoria do ator-rede: tecnologia social e a educação no campo em Rondônia. Rev. de Administração Pública, v. 51, n. 3, 2017.

ALBUQUERQUE, L. C. de. Tecnologias Sociais ou Tecnologias Apropriadas? O Resgate de um Termo. In: OTTERLOO, A. et al. (org.). Tecnologias Sociais: caminhos para a sustentabilidade. Brasília: RTS, 2009.

ARAÚJO, R. O. A.; CÂNDIDO, G. A. Sistema de indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de tecnologias sociais: proposição de uma metodologia. Rev. Espacios, v. 38, n. 2, ano 2017. Disponível em: https://www.revistaespacios.com/a17v38n02/a17v38n02p18.pdf. Acesso em: 07 de jun. 2021.

BARRETO, S. F. A. Saulo Faria Almeida: depoimento [17/03/2021]. Entrevistadores: Julia Lara B. C e Alexandre Pedro M. São Cristóvão, Sergipe, 2021.

BONILHA, M. C.; SACHUK, M. I. Identidade e tecnologia social: um estudo junto às artesãs da Vila Rural Esperança. Cad. EBAPE.BR, Rio de janeiro, v. 9, n. 2, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1679-39512011000200011. Acesso em: 09 jun. 2021.

CARNEIRO, D. Ilustração botânica: princípios e métodos. Curitiba, PR: UFPR, 2011.

CATHARIN, K.; SACHUK, M. I. O Significado do Trabalho para as Agricultoras Familiares Inseridas no Programa Avicultura Colonial no Estado do Rio Grande do Sul. Rev. Qualit@s, v. 13, n. 2, 2012.

CDC | casadocacete. Disponível em: <https://www.casadocacete.com/>. Acesso em: 6 abr. 2021.

CITI2. Estamos programando o futuro com tecnologia e transformação social. 2019. Disponível em: http://citii.com.br/#page-top. Acesso em: maio. 2021.

COSTA, J. S. et al. Inovação Social, Prazer e Sofrimento no Trabalho: o caso do Projeto Mandalla no Ceará. Rev. Administração Pública e Gestão Social, v. 6, n. 1, 2014.

COSTA, A. B. (org.). Tecnologia Social e Políticas Públicas. São Paulo: Instituto Pólis; Brasília: Fundação Banco do Brasil, 2013.

DAGNINO, R. P. Enfoques sobre a relação ciência, tecnologia e sociedade: neutralidade e determinismo. DataGramaZero, v. 3, n. 6, 2002a. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/5429. Acesso em: 02 mar. 2022.

DAGNINO, R. P. A relação pesquisa-produção: em busca de um enfoque alternativo. 2002b.

DAGNINO, R.; BRANDÃO, F. C.; NOVAES, H. T. Sobre o marco analítico-conceitual da tecnologia socia. 2004. Disponível em: http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/18_ref_capes/arquivos/arquivo_110.pdf. Acesso em: 20 nov. 2021.

DAGNINO, R. P. (org). Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Disponível em: http://bit.ly/326Bz9I. Acesso em: 13 jan. 2022.

DAGNINO, R. P. (org). Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. 2. ed. rev. ampl. Campinas, SP: Komedi, 2010.

DAGNINO, R. P. Tecnologia Social: contribuições conceituais e metodológicas. Campina Grande, PB: EDUEPB: Florianópolis, SC: Insular, 2014. E-book. 2. v.

DIAS, É. D. de O. A tecnologia social como ferramenta da dignidade humana. Rev. Produção Acadêmica, Núcleo de estudos urbanos regionais e agrários/ NURBA, v. 3, n. 2, 2017. Disponível em: https://betas.uft.edu.br/periodicos/index.php/producaoacademica/issue/download/258/A%20TECNOLOGIA%20SOCIAL%20COMO%20FERRAMENTA%20DA%20DIGNIDADE%20HUMANA. Acesso em: 10 fev. 2022.

DUQUE, T. O.; VALADÃO, J. de A. D. Abordagens teóricas de tecnologia social no Brasil. Rev. Pensamento Contemporâneo em Administração. Rio de Janeiro, v. 11, n. 5, out./dez. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.12712/rpca.v11i5.962. Acesso em: jan. 2021.

GARCIA, L. F. Teorias psicométricas da personalidade. 2006. In: FLORES-MENDOZA, C.; COLOM, R. Introdução à psicologia das diferenças individuais. Porto Alegre: Artmed, 2006.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL. O que é tecnologia social. 2004. Disponível: http://itsbrasil.org.br/conheca/tecnologia-social/. Acesso em: ago. 2021.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL. Declaração das ONGs: ciência e tecnologia com inclusão social. 2005. Disponível em: www.itsbrasil.org.br. Acesso em: 14 jun. 2021.

JECQUIER, N. Appropriate technology: problems and promises. Paris: OECD, 1976.

KOHR, L. Tecnología adecuada. In: R. D. Laind, A. Lovins, I. Illich, J. Michell, F. Capra, & E. Bono. Madrid: H. Blume, 1981.

KLEBER. M. Terceiro setor e projetos sociais em música. Rev. Eletrônica do Terceiro Setor, RETS. maio. 2003. Disponível em: https://rets.org.br/node/8617. Acesso em: 24 maio. 2021.

MACIEL, A. L. S.; FERNANDES, R. M. C. Tecnologias sociais: interface com as políticas públicas e o Serviço Social. Rev. Serviço Social, São Paulo, n. 105, jan./mar. 2011.

MACIEL, A. L. S. Tecnologias sociais e políticas públicas: atualizando o cenário e o debate no Brasil. IX Jornada de Políticas Públicas, São Luís, ago. 2019. São Luíz, MA: UFMA, 2019. Disponível em: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2019/images/trabalhos/964.pdf. Acesso em: 27 fev. 2022.

NAMURA. M. [Fala do Mestre]. In: FRANCO, C. Arte naturalista: ciclo de vida do manguezal. Sergipe: IPTI, 2015.

NOVAES, H. T.; DIAS, R. de B. Construção do marco analítico conceitual da Tecnologia Social. In: Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas, SP: Komedi, 2010.

NUNES, C. H. S. S.; HUTZ, C. S. & NUNES, M. F. O. Bateria fatorial de personalidade (BFP): manual técnico. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. São Paulo: 2014.

PAUSCH, R.; KELLEHER, C. Lowering the Barriers to Programming: A Taxonomy of Programming Environments and Languages for Novice Programmers. 2005. In: ACM Computing Surveys, v. 37, n. 2. Disponível em: https://dl.acm.org/doi/10.1145/1089733.1089734. Acesso em: 23 maio. 2021.

PELLAS, N.; PEROUTSEASE, E. Leveraging Scratch 4SL and Second Life to motivate high school students’ participation in introductory programming courses: findings from a case study. New Review of Hypermedia and Multimedia, 23:1, 2016. Disponível em: https://wwwtandfonline.ez20.periodicos.capes.gov.br/doi/full/10.1080/13614568.2016.1152 14. Acesso em: 23 maio. 2021.

PEREIRA, C. Projetos sociais em educação musical: uma perspectiva para o ensino e aprendizagem da música. Souza, 2005. Disponível em: https://antigo.anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_2006/CDROM/COM/01_Com_EdMus/sessao05/01COM_EdMus_0503-034.pdf. Acesso em: 24 maio. 2021.

PRATES, J. C. A arte como matéria-prima e instrumento de trabalho para o assistente social. Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 6, n. 2, 2007.

REDE DE TECNOLOGIA SOCIAL. Relatório de 6 anos da RTS: abril de 2005 a maio de 2011. [S. l.]: [RTS], 2011. E-book.

RIX, Martyn. A era de ouro da arte botânica. Tradução: Samira Menezes. São Paulo, Editora Europa, 2014

RODRIGUES, I.; BARBIERI, J. C. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. Rev. de Administração Pública, v. 42, n. 6, 2008.

SANTOS, D.; PRIMI, R. Desenvolvimento socioemocional e aprendizado escolar: uma proposta de mensuração para apoiar políticas públicas. São Paulo: OCDE; IAS; Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, 2014.

SCAICO, P. D.; ALVES, A.; BARBOSA, J. Programação no ensino médio: uma abordagem de ensino orientado ao design com scratch. Anais [...], v. 18, n. 1, 2012. Disponível em: https://www.br-ie.org/pub/index.php/wie/article/view/2112. Acesso em: 23 maio. 2021.

SCHWAB, D.; FREITAS, C. C. G. Tecnologia social: implicações e desafios da implantação. Rev. Tecnol. Soc., Curitiba, v. 12, n. 26, set./dez. 2016. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/3794. Acesso em: 10 jun. 2021.

SILVA, A. da.; PELLEGRIN, R. de. Interações entre ciência e arte: ilustração botânica na produção visual contemporânea. I Seminário Internacional de Investigación en Arte

y Cultura Visual. Anais [...], out. 2017. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/778/o/CulturaVisual_L2_069.pdf. Acesso em: 25 maio. 2021.

SLEEMAN, D. The challenges of teaching computer programming. Communication ACM, v. 29, 9, 1986.

SOFFNER, R. K. Tecnologias sociais e a educação para a práxis sociocomunitária. Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, Campo Grande, n. 37, jan./jun. 2014. (Série-Estudos). Disponível em: https://www.serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos/article/download/769/640/. Acesso em: 14 jan. 2022.

SOUZA, A. C. A. A.; POZZEBON, M. Práticas e mecanismos de uma tecnologia social: proposição de um modelo a partir de uma experiência no semiárido. Rev. Organizações & Sociedade, NPGA, Escola de Administração Universidade Federal da Bahia, Bahia, 27(93), 2020. Disponível em: www.revistaoes.ufba.br. Acesso em: 12 jul. 2021.

TENÓRIO, R. Computadores de Papel–Máquinas abstratas para um ensino concreto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

VENTURA, A. C.; GARCIA, L. F.; ANDRADE, J. C. S. Tecnologias sociais: as organizações não governamentais no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção de desenvolvimento humano. Cad. EBAPE, Brasil, v. 10, n. 3, 2012.

Downloads

Publicado

2024-08-30

Edição

v. 29 n. 2 (2024)

Seção

Artigos

Licença

Autores que submetem seus manuscritos para serem publicados  nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

  2. Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.

 

Licença Creative Commons

O Periódico Revista de Educação, Ciência e Cultura em http://www.revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Educacao foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial 3.0 Não Adaptada.