Interculturalidade: presença e ausência na universidade pública colombiana
DOI:
https://doi.org/10.18316/1356Palavras-chave:
interculturalidade, educação superior, diálogo crítico, inovaçãoResumo
A presente investigação é resultado das demandas e lutas das pessoas. Autores contemporâneos como Medina Revilla (2006) afirmam que a interculturalidade também, “es algo más: parte de una tendencia y estrategia regional como global de inclusión reflejada en las políticas estatales y promovidas por organizaciones transnacionales, con fines de apaciguar la oposición”. Estas políticas já globalizadas, se baseiam no reconhecimento, na inclusão e incorporação da diversidade cultural, não para transformar mas para sua manutenção. Assim, a interculturalidade é analizada desde tres perspectivas: a relacional, a funcional e a crítica. A perspectiva relacional se refere basicamente, ao contato entre culturas, quer dizer, entre pessoas, práticas, saberes, valores e tradições culturais distintas, o que poderia dar-se em condições de igualdade ou desigualdade. Verdade e paz têm uma irmã, a paciência, cuja companhia é tão agradável quanto necessária: vivemos em uma Colômbia, onde a grande maioria dos colombianos se comporta muito mal com a família, com sua companheira, o amor, o outro, e, sobretudo com as minorias afro-indígenas, e não reconhecem o índio e o afrocolombiano que temos em nossa constituição; esses povos milenares antigos que têm como sua riqueza “a paciência do guerreiro". Imóveis, escutam e com avidez se concentran na ação vigilante, esforçada, modesta e interessada de verdade em ouvir “a la pacha mama”. O espírito tutelar cósmico de uma verdadeira ontología social com a qual poderíamos concretizar um acordo para assim poder viver juntos. A interculturalidade crítica é uma opção educativa, formativa para as liberdades, educar para mais do mesmo é negar a essência da interculturalidade; a universidade está longe de potencializar esta dimensão, aos professores e equipes diretivas não interessa este discurso da ação, isto é chamado de mimetismo. Os contextos plurais são o novo cenário da América Latina; o mundo nos vê assim, aqui a riqueza é aos borbotões, porém a exclusão é a reposta de todos, inclusive de nós – profesores e doutores. Sentar as bases de uma nova realidade é tarefa da universidade pública, como verdadeiras autopistas do saber intercultural e, não mais como arremedo de doutorados e mestrados, fundamentados nos europeus.
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