Sobre a contemporaneidade do fenômeno da semiformação: uma análise a partir do ensaio ‘A Filosofia e os Professores’

Autores

  • Zaira de Oliveira Canci Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v22i2.3582

Palavras-chave:

Formação, Semiformação, Educação, Autonomia, Maioridade.

Resumo

O fenômeno da semiformação é tratado cuidadosamente por Adorno em seu texto Teoria da Semicultura, mas também é possível observar sua preocupação com o tema nos ensaios que compõem a coletânea Educação e Emancipação como em A Filosofia e os Professores. Nestes textos, o filósofo analisa, partindo de sua experiência como professor examinador, os candidatos submetidos à prova geral de filosofia para ingresso nas escolas superiores do Estado de Hessen. Nessas entrevistas, os jovens apresentavam uma inquietação exagerada. Não compreendiam os motivos pelos quais deveriam se voltar ao estudo de correntes e sistemas filosóficos exigidos pelo concurso. Viam como desperdício o tempo que teriam de destinar para esse fim, uma vez que não utilizariam esses conhecimentos nas suas vidas profissionais. Para o filósofo, o comportamento dos candidatos revela aspectos da própria semiformação, ou seja, a evidente valorização da formação imediata e técnica, voltada especificamente às funções a desempenhar em detrimento da formação cultural que deveria nortear a vida docente. O objetivo deste artigo, portanto, é analisar a semiformação através do ensaio A Filosofia e os Professores como fenômeno que também se estende à formação dos professores, o que torna sua crítica urgente.

Biografia do Autor

Zaira de Oliveira Canci, Universidade de Passo Fundo

Professora de Filosofia e Sociologia da Rede Privada e Estadual

Graduada em Filosofia

Mestra em Educação

Especilista em Ciências Sociais

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Publicado

2017-05-08

Edição

Seção

Artigos