A atividade matemática escolar como introdução de paradigmas na linguagem

Autores

  • Cristiane Maria Cornelia Gottschalk Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v23i1.4192

Palavras-chave:

Paradigma, Ensino de Matemática, Linguagem Matemática, Wittgenstein.

Resumo

De uma perspectiva wittgensteiniana, este artigo parte do pressuposto de que o uso que fazemos de nossos enunciados matemáticos é de natureza diferente das hipóteses das ciências naturais, as quais têm um uso predominantemente referencial. Enquanto estas têm uma finalidade explicativa e descritiva, os objetos da matemática e suas relações expressas através de axiomas e teoremas desempenham um papel normativo. Em contraposição a uma concepção referencial do conhecimento matemático, tem-se como objetivo mostrar a importância desta distinção para a atividade matemática no contexto escolar, desde o nível mais elementar de introdução de paradigmas em jogos de linguagem preparatórios, até o nível mais complexo de suas demonstrações, que, por sua vez, produzem novos paradigmas. Conclui-se que determinadas interpretações dos enunciados matemáticos advindas de uma concepção referencial da linguagem matemática podem conduzir a imagens dogmáticas, acarretando diversos equívocos em suas práticas pedagógicas, em particular, quando estas se ancoram em teorias mentalistas ou empiristas do significado.

Biografia do Autor

Cristiane Maria Cornelia Gottschalk, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Professora doutora do departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, na área de Filosofia da Educação.

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Publicado

2018-05-03

Edição

Seção

Dossiê