Relações de gênero e a feminização da profissão docente: reflexões sobre a divisão sexual do trabalho

Autores

  • Lauren Antunes
  • Aline Accorssi UFPel, PPGE

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v24i3.5425

Palavras-chave:

Feminização Docente, Gênero, Divisão Sexual do Trabalho.

Resumo

As mulheres, ao longo da história, vêm ampliando sua presença nas diferentes profissões e lugares sociais, bem como a participação nas decisões políticas e econômicas na sociedade. Em alguns campos, como a Educação Básica, elas têm sido a maioria, tanto na atuação no magistério, como na formação docente de tais profissionais. Esse fenômeno é denominado como feminização e é caracterizado pela ocupação majoritária das mulheres em uma determinada profissão. No presente artigo, procura-se discutir o processo de feminização do magistério. Para isso, buscamos compreender a divisão sexual e social do trabalho, a separação do público e do privado e, a partir disso, analisar as motivações e fatores que levaram as mulheres a saírem do ambiente doméstico e familiar para ocuparem espaços públicos. Para isso, desenvolveu-se um ensaio teórico, tendo como estratégia metodológica a abordagem de revisão narrativa. Conclui-se que a profissão docente surgiu como uma possibilidade, por vezes a única, de migração das mulheres do espaço privado para o público, o que contribuiu para a feminização da profissão. Com a associação da profissão ao trabalho reprodutivo domiciliar, estendeu-se a desvalorização da educação pelo próprio Estado, o qual apresenta e reforça traços da divisão sexual do trabalho entre as categorias profissionais.

 

Biografia do Autor

Lauren Antunes

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas (2014). Especialista em Educação pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Atualmente é professora da Prefeitura Municipal de Pelotas.

Aline Accorssi, UFPel, PPGE

Psicóloga. Mestra em Psicologia Social e da Personalidade. Doutora em Psicologia. Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas/RS.

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Publicado

2019-11-29

Edição

Seção

Dossiê