“Eu me sentia frustrada por não ter o ensino superior”: mulheres de meia idade x entrada tardia na universidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v25i1.5427

Palavras-chave:

Mulher. Meia idade. Universidade.

Resumo

A pesquisa versa sobre a entrada tardia[1] de mulheres no ensino superior e busca identificar as motivações que levaram algumas acadêmicas de meia idade a ingressarem tardiamente na universidade, ou se for o caso, porquê voltaram a fazer um novo curso superior, destacando quais suas expectativas quanto ao futuro, tendo em vista o quanto estas descrições foram influenciadas por questões de gênero. Participaram da pesquisa oito estudantes do curso de pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com idade entre 39 e 51 anos, as quais responderam um questionário com questões abertas e fechadas. Os resultados indicam que a trajetória escolar das participantes, e posteriormente sua inserção tardia na universidade, estão estreitamente ligadas às questões de gênero. De modo geral, observamos que algumas delas não tiveram acesso a educação no momento correto, em decorrência também do fato da incompreensão dos seus pais de que estudar é importante e principalmente pela construção de enlaces sociais que normatizam o papel da mulher na sociedade como dona de casa, esposa e mãe de família, relegando a ela os bancos escolares e posteriormente acadêmicos.


[1] Usaremos a expressão (inserção tardia) para nos referir ao fato de ser adiada a inserção no ensino superior, em decorrência de se ausentarem vários anos da escola.

Biografia do Autor

Érica Fernanda Moreira Dias, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduada em Ciências Sociais e Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Desenvolvimento, Gênero e Educação (GEPDGE).

Josiane Peres Gonçalves, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campus do Pantanal (CPAN/UFMS) e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação (FAED/UFMS). Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Desenvolvimento, Gênero e Educação (GEPDGE).

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Publicado

2020-03-24

Edição

Seção

Dossiê