Língua Brasileira de Sinais e Cultura Surda na Formação de Servidores Públicos Municipais de uma Cidade do Interior Paulista.

Autores

  • Adriana do Carmo Bellotti Universidade de Araraquara - UNIARA.
  • Luci Pastor Manzoli Universidade Estadual Paulista- UNESP, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara.
  • Rosa Gonçalves de Oliveira Instituto Federal de São Paulo - IFSP, Campus de Araraquara.
  • Roberto Antonio Alves Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus de Londrina.

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v25i1.5685

Palavras-chave:

Educação, Cultura, Humanas.

Resumo

O presente artigo teve por objetivo oferecer um curso de formação em Língua Brasileira de Sinais – Libras e Cultura Surda junto a um grupo de servidores públicos de diferentes setores municipais de uma cidade do interior paulista, com vistas a dotá-los de conhecimentos básicos para oferecer um atendimento mais qualificado aos surdos e atenuar as barreiras comunicativas entre ambos. Teve como participantes 37 servidores públicos, numa carga horária de 30 horas contando com a presença de profissionais ouvintes especializados na área e dois surdos fluentes em Libras. Aplicou-se um questionário inicial para atender às demandas dos servidores e um final sobre a autoavaliação de seus aprendizados e expectativas. Os resultados mostraram que a maioria se sentiu mais preparada para oferecer aos surdos um atendimento de melhor qualidade, mas, também, houve aqueles que responderam ainda sentir certa insegurança, requerendo um maior tempo de prática e estudo para estabelecer uma comunicação de maior alcance para compreensão mútua. Em relação à formação recebida, esta foi em conformidade à importância de aprender essa língua, ao menos basicamente, não só para a comunicação em serviço, mas para a inclusão social destacando a relação estabelecida entre teoria e prática, em todos os instantes, o que proporcionou uma formação mais crítica e reflexiva sobre os conhecimentos adquiridos. Frente à inclusão social, faz-se necessário a realização de cursos de formação em Libras, uma vez que a condição linguística do surdo se realiza na modalidade de transmissão visual-espacial em vez de oral-auditiva como nas demais pessoas. 

Biografia do Autor

Adriana do Carmo Bellotti, Universidade de Araraquara - UNIARA.

Pedagoga e Doutora em Educação Escolar pela Faculdade de Ciências e Letras/UNESP - FCLAr e especialização em Tradução e Interpretação de Libras/Português pela Universidade Federal de São Carlos/UFSCAR. Atua como docente na Universidade de Araraquara (UNIARA) vinculada ao Departamento de Ciências Humanas e Sociais, e como Tradutora e Intérprete de Libras/Língua Portuguesa concursada na Câmara Municipal de Araraquara. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa no Ensino Básico e Educação Especial ? GEPEB-EDESP, credenciado pelo CNPq.

Luci Pastor Manzoli, Universidade Estadual Paulista- UNESP, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara.

Professora assistente Doutora do Departamento de Didática e no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa no Ensino Básico e Educação Especial – GEPEB-EDESP, desenvolvendo pesquisas com as temáticas: surdez, deficiência intelectual, aprendizagem de leitura e escrita, adaptação curricular, formação de professores e inclusão escolar.

Rosa Gonçalves de Oliveira, Instituto Federal de São Paulo - IFSP, Campus de Araraquara.

Pedagoga e mestre em Educação Escolar pela UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara/FCLAr e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas na Educação Básica Educação Especial - GEPEB-EDESP, credenciado pelo CNPq. Possui graduação em Letras-Libras pela Faculdade de Maringá e atualmente atua como Tradutora e Intérprete de Libras no Instituto Federal de São Paulo/IFSP, Campus Araraquara.

Roberto Antonio Alves, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus de Londrina.

Mestre em Educação Escolar pela UNESP, Faculdade de Ciências e Letras, campus de Araraquara e doutorando na mesma universidade no campus de Presidente Prudente. Atua como professor surdo do Magistério Superior da Universidade Tecnológica Federal do Paraná/UTFPR e apresenta certificação de PROLIBRAS (Proficiência no Uso e no Ensino da Libras – Nível Superior).

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Publicado

2020-03-24

Edição

Seção

Dossiê