Problematizando o uso do aplicativo de tradução Hand Talk no ensino da Libras no Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.18316/recc.v25i3.6614Palavras-chave:
Hand Talk, Libras, Aplicativo de Tradução, Ensino Superior.Resumo
O Hand Talk constitui-se um tradutor automático de palavras e frases da Língua Portuguesa (LP) para a Libras, realizando a tradução por meio de um agente animado (3D), denominado Hugo. Esse aplicativo encontra-se presente em diversos segmentos sociais, inclusive no meio universitário. Dessa forma, é usual acadêmicos da disciplina da Libras buscarem apoio nele, em razão da dificuldade de aprender esta língua, de modalidade visual-espacial, que por tal contém uma lógica de produção e recepção diferente da LP, que é oral-auditiva. Apesar de o aplicativo ter validade social, sendo uma tecnologia que intenta oportunizar a acessibilidade linguística entre surdos e ouvintes, utilizando diversos recursos como, na seção de tradução, a possibilidade de repetição do sinal, de controle da velocidade de sinalização assim como de girá-lo em 360° e, dessa forma, visualizar a produção do sinal por diversos ângulos, faz-se necessário considerar que ele apresenta algumas fragilidades no processo de tradução. Entre elas, a baixa expressividade facial e corporal do Hugo, o uso recorrente da datilologia, a dificuldade de tradução, em contexto, de termos polissêmicos, o que muitas vezes repercute em equívocos de tradução da LP para a Libras. Assim, ao considerar que a presença do Hand Talk na maioria dos celulares dos alunos é uma realidade, cabe ao professor da Libras orientar sobre sua real funcionalidade, otimizando suas possibilidades benéficas de uso, como o dicionário, por exemplo. De forma estratégica, pode-se aproveitar suas fragilidades de tradução para que os aprendizes percebam a importância de se seguir a lógica visual de sinalização, não buscando, por exemplo, a enunciação com base palavra-sinal, mas sim em contexto, respeitando estrutura linguística da Libras.
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