O que dizem as(os) discentes da Universidade Federal do Pampa acerca do aborto?

Autores

  • Maria Eduarda Trindade Barreto
  • Ronan Moura Franco
  • Fabiane Ferreira da Silva Universidade Federal do Pampa

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v25i2.6736

Palavras-chave:

Aborto, Universidade, Discentes, Educação, Saúde Pública.

Resumo

O aborto é claramente um problema de saúde pública, pois diariamente mulheres morrem ao realizá-lo de forma ilegal. Em um país onde o aborto é considerado crime conforme o Código Penal Brasileiro faz-se necessário promover o debate sobre a descriminalização e legalização do aborto, bem como o direito que as mulheres devem ter sobre o próprio corpo. O presente trabalho objetivou investigar a opinião das(os) acadêmicas(os) de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Pampa acerca do aborto, sua descriminalização e legalização, bem como o entendimento desta comunidade sobre a proposta da PEC 181/2015. Para tanto, foi realizada uma pesquisa Pública com abordagem quali-quantitativa, que utilizou como instrumento de coleta de dados um questionário online totalmente anônimo. Após o período de coleta, obteve-se um total de 192 devolutivas e os dados foram analisados de duas formas diferentes. As questões fechadas foram analisadas seguindo o método de estatística simples e as questões abertas foram analisadas com embasamento teórico no método de Análise de Conteúdo. A maioria das(os) participantes demonstrou-se favorável a legalização e descriminalização do aborto, já as pessoas que se posicionaram contra trouxeram argumentos conservadores. Na análise dos questionários percebeu-se que mesmo diante da ilegalidade, as mulheres com faixa etária entre 20 e 34 anos abortam de forma insegura utilizando métodos como remédios, chá abortivo, objeto perfurante e clínicas clandestinas. Ao divulgarmos os dados desta pesquisa, não só queremos reforçar o debate sobre a importância da legalização e descriminalização do aborto, mas também queremos provocar a reflexão sobre autonomia integral que mulheres deveriam ter sobre seus corpos.

Biografia do Autor

Maria Eduarda Trindade Barreto

Graduada em Licenciatura em Ciências da Natureza (2018), na Universidade Federal do Pampa - Unipampa Campus Uruguaiana, atua como professora de Educação Infantil na rede privada de Uruguaiana-RS.

Ronan Moura Franco

Professor de Ciências nos Anos Finais na Escola Municipal de Ensino Fundamental Moacyr Ramos Martins, Professor de Física para o Ensino Médio no Colégio Marista Sant'Ana e Professor de Física e Biologia no Centro Educacional Raquel Batista. É Licenciado em Ciências da Natureza (Unipampa 2011/2015), Especialista em Neurociência aplicada à Educação (Unipampa 2016/2018), Mestre em Ensino de Ciências (Unipampa 2017/2019) e, atualmente, cursa Doutorado em Educação em Ciências: química da vida e saúde (Unipampa/2020) e integra o Grupo de pesquisa em Inovação Pedagógica na formação acadêmico-profissional de professores/as (GRUPI) da Universidade Federal do Pampa

Fabiane Ferreira da Silva, Universidade Federal do Pampa

Doutora em Educação em Ciências. Professora do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza e do PPG em Educação em Ciências da Universidade Federal do Pampa, Campus Uruguaiana. Integrante do Grupo de Pesquisa Tuna: gênero, educação e diferença.

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Publicado

2020-08-05

Edição

Seção

Artigos