Trabalho, pobreza e ensino formal: O papel da educação na configuração dos programas sociais brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v26i2.8310

Palavras-chave:

Educação, Capital Humano, Programa Bolsa Escola, Programa Bolsa Família.

Resumo

Este artigo analisa como as concepções em torno do trabalho, da pobreza e do acesso ao ensino formal assumidas por atores políticos e programas desenvolvidos a nível estadual, ao longo dos anos de 1990 e início dos anos 2000, definiram o formato dos programas sociais no Brasil a partir do lançamento do Programa Bolsa Família, em 2003. A análise apresentada considera o papel da educação nesta definição e como esse Direito Social foi utilizado em favor do argumento de desenvolvimento de capital humano para que o acesso ao ensino formal figurasse como condicionalidade para o acesso e permanência de trabalhadores empobrecidos nos programas de transferência condicionada de renda brasileiros. A partir de análise bibliográfica e de fontes do período foi possível evidenciar como a educação foi elevada à elemento de primeira importância nos discursos que buscam organizar saídas para o desenvolvimento social e certo tipo de gestão da pobreza no país.

Biografia do Autor

Denise De Sordi, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em História Social pelo PPGHI/UFU. Pesquisadora do GPEPS/CNPq/UFU. Investigadora associada ao OCVT/FCSH/UNL e ao Grupo de Investigação de História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais ambos do IHC/UNL. Membro do GPECCs/UniLaSalle. E-mail: denisends@me.com.

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Publicado

2021-05-14

Edição

Seção

Artigos