Tecnologias digitais para surdos: (im)possibilidades na apreensão de sentidos

Autores

  • Raquel Gilaverte Faculdade Pitágoras - campus Poços de Caldas, MG
  • Paulo Muniz de Ávila Professor adjunto II no Instituto Federal do Sul de Minas, campus Poços de Caldas, MG
  • Lucas Delbello Santos Instituto Federal de São Paulo, campus São João da Boa Vista, Sp

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v27i1.8616

Palavras-chave:

Ferramentas Digitais, Tradução Automática, Comunicação não verbal, Surdez, Fenomenologia

Resumo

Neste escrito, apresenta-se brevemente duas ferramentas digitais para tradução automática que visam ampliar e redimensionar o processo de interação e pertencimento que perfaz a comunidade surda, com vistas à educação e saúde coletiva, emocional, cultural e social destes indivíduos. Para tanto, realizou-se um estudo de dois softwares digitais que fazem a tradução da Língua Portuguesa para Libras - Hand Talk e VLibras. Considerando que existem diferenças primordiais nas línguas de sinais e orais a contar pela disposição viso-espacial da primeira, uma análise da tradução de algumas frases foi realizada para verificar as adequações em relação à Libras. Objetivando uma discussão crítico-reflexiva, ancorou-se em estudiosos da área de educação inclusiva como Brito (1995); Quadros (1999); Quadros e Karnopp (2004). A análise dos resultados deu-se à partir de um diálogo com a fenomenologia de Merleau-Ponty (1999), que emoldura uma compreensão existencial da experiência como atitude corpórea. Concluindo, aponta-se que os softwares digitais voltados para a inclusão de surdos possuem um potencial dentro dos limites de uma ferramenta complementar de tradução da língua de sinais, porém foram observadas fragilidades no que tange à tradução literal que se distancia do contexto enunciado e de um aprendizado que difere-se em contraste ao do encontro genuíno entre pessoas surdas e ouvintes, tendo como balizamento saberes que emolduram a perspectiva fenomenológica da apreensão de sentidos.

Biografia do Autor

Raquel Gilaverte, Faculdade Pitágoras - campus Poços de Caldas, MG

Mestre em Saúde e educação e especialista em Neuropsicopedagogia com enfoque em processos de aprendizagem de surdos e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

 

Professora no ensino regular na educação inclusiva para Surdos em uma Instituição de ensino do Municpio de Poços de Caldas, MG.

Segunda graduação em conclusão em Psicologia com enfoque Fenomenológico Hermenêutico

 

Paulo Muniz de Ávila, Professor adjunto II no Instituto Federal do Sul de Minas, campus Poços de Caldas, MG

Doutor em Biotecnologia pela Universidade de Ribeirão Preto, SP -UNAERP

Especialista em tecnologias digitais e ambientes virtuais de aprendizagem. É professor do curso de Engenharia da Computação no Instituto Federal do Sul de Minas, campus Poços de Caldas, MG

Lucas Delbello Santos, Instituto Federal de São Paulo, campus São João da Boa Vista, Sp

Pedagogo, com enfoque na educação inclusiva de surdos

Segunda graduação em Educação Especial

Especialista em Libras

Tradutor/intérprete pelo Instituto Federal de São Paulo, campus ão João da Boa Vista, SP

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Publicado

2022-03-30

Edição

Seção

Artigos