Tecnologias digitais para surdos: (im)possibilidades na apreensão de sentidos
DOI:
https://doi.org/10.18316/recc.v27i1.8616Palavras-chave:
Ferramentas Digitais, Tradução Automática, Comunicação não verbal, Surdez, FenomenologiaResumo
Neste escrito, apresenta-se brevemente duas ferramentas digitais para tradução automática que visam ampliar e redimensionar o processo de interação e pertencimento que perfaz a comunidade surda, com vistas à educação e saúde coletiva, emocional, cultural e social destes indivíduos. Para tanto, realizou-se um estudo de dois softwares digitais que fazem a tradução da Língua Portuguesa para Libras - Hand Talk e VLibras. Considerando que existem diferenças primordiais nas línguas de sinais e orais a contar pela disposição viso-espacial da primeira, uma análise da tradução de algumas frases foi realizada para verificar as adequações em relação à Libras. Objetivando uma discussão crítico-reflexiva, ancorou-se em estudiosos da área de educação inclusiva como Brito (1995); Quadros (1999); Quadros e Karnopp (2004). A análise dos resultados deu-se à partir de um diálogo com a fenomenologia de Merleau-Ponty (1999), que emoldura uma compreensão existencial da experiência como atitude corpórea. Concluindo, aponta-se que os softwares digitais voltados para a inclusão de surdos possuem um potencial dentro dos limites de uma ferramenta complementar de tradução da língua de sinais, porém foram observadas fragilidades no que tange à tradução literal que se distancia do contexto enunciado e de um aprendizado que difere-se em contraste ao do encontro genuíno entre pessoas surdas e ouvintes, tendo como balizamento saberes que emolduram a perspectiva fenomenológica da apreensão de sentidos.
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