Pandemia do covid-19 e ensino remoto emergencial: em análise a Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul

Autores

  • Rodrigo Rocha da Silva UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Ana Paula Camilo Pereira UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v27i1.8771

Palavras-chave:

Educação, Ensino remoto emergencial, Mato Grosso do Sul.

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo debater como tem sido promovido o ensino remoto emergencial, adotado a partir do surgimento do atual contexto de pandemia ocasionado pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a doença causada por ele (Covid-19), que afetaram os modos de vida da sociedade, sobretudo em virtude do isolamento/distanciamento social, face ao alto grau de propagação e letalidade. Metodologicamente, para a presente análise, de cunho qualitativo, foi realizado um levantamento bibliográfico e documental do processo de implementação do ensino remoto emergencial no contexto da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, com foco para Campo Grande, bem como das medidas empregadas durante os anos letivos de 2020 e 2021 para o acesso e permanente vínculo dos estudantes com as escolas. Os resultados obtidos apontaram que as ações instituídas em Mato Grosso do Sul não foram suficientes para que os estudantes pudessem ter garantido seu direito à aprendizagem dos conteúdos escolares, uma vez que o sucesso das medidas dependia de fatores como: conhecimento dos professores sobre as plataformas virtuais e planejamento de atividades remotas que pudessem ser desenvolvidas pelos estudantes sem a mediação direta do professor; acesso dos estudantes à internet e às plataformas digitais; autonomia de aprendizagem por meio de atividades impressas; e  engajamento dos estudantes a uma dessas formas de ensino. Concluímos que a falta de fomento por parte do Governo Federal e Estadual para disponibilizar acesso à internet e aos equipamentos e recursos necessários para o ensino remoto maximizam o problema das desigualdades sociais, acarretando prejuízos ao desenvolvimento educacional dos estudantes.

Biografia do Autor

Rodrigo Rocha da Silva, UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Estudante de Mestrado do Profeduc - Programa de Mestrado Profissional em Educação da UEMS.

Professor Licenciado em Geografia pela UEMS.

Atuo como docente na Rede Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul - REE/MS.

Ana Paula Camilo Pereira, UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Estágio de Doutorado Sanduíche pela Université Sorbonne Nouvelle Paris III. Mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Presidente Prudente). Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Atualmente é docente do curso de Geografia (Licenciatura e Bacharelado) e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na Unidade Universitária de Campo Grande. Tem experiência na área de Geografia Humana. É integrante do Grupo de Pesquisa Metamorfoses Urbanas e Regionais do Laboratório de Estudos Regionais da USP, do Grupo de Estudos em Fronteira, Turismo e Território (GEFRONTTER/UEMS) e pesquisadora colaboradora do Observatório das Metrópoles - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia.

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Publicado

2022-03-30

Edição

Seção

Em foco