Alta modernidade e educação: os movimentos políticos nas torcidas de futebol como campo de resistência cultural e democrático

Autores

  • Andrea Geraldi Sasso Universidade Estadual do Paraná
  • Larissa Bezerra Universidade Estadual do Paraná
  • Maria Izabel Rodrigues Tognato Universidade Estadual do Paraná
  • Fabiane Freire França Universidade Estadual do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v28i1.9996

Palavras-chave:

Alta modernidade, Educação não formal, Torcidas antifascistas

Resumo

Este artigo objetiva realizar apontamentos teóricos sobre o período histórico da alta modernidade e a intersecção entre a educação não formal e as torcidas antifascistas de futebol como instituições sociais que possibilitam o trabalho formativo, de resistência cultural, política e democrática no Brasil. A construção da autoidentidade no contexto da alta modernidade junto ao campo educativo permite pensar a possibilidade de atuação de outros espaços formativos não formais, como os movimentos políticos nas torcidas futebol, por meio de projetos promovidos por torcidas (ou coletivos) antifascistas. Tais coletivos começaram a se multiplicar no Brasil principalmente a partir de 2014, com a realização da Copa do Mundo no país e a crescente elitização dos estádios, tentado democratizar o acesso aos estádios e clubes e também questionando preconceitos como o machismo, o racismo e a homofobia. Portanto, buscamos responder: como os movimentos políticos nas torcidas de futebol podem contribuir para a formação humana de sujeitos no contexto da alta modernidade? Para tanto, realizamos o levantamento bibliográfico com aporte teórico dos estudos da área de Educação, Sociologia e Comunicação Social e fizemos análises de postagens realizadas no Facebook de quatro coletivos antifascistas do estado de São Paulo, que estão entre os mais populares na rede social. Concluímos que os movimentos de torcedores(as) podem, por meio de atuação em espaços como redes sociais, ruas e estádios ser fonte de informação e educação, com potencial para ser parte importante da resistência às opressões cishetenormativas e à mercantilização do futebol e da vida no Brasil.

Biografia do Autor

Andrea Geraldi Sasso, Universidade Estadual do Paraná

Mestra em Sociedade e Desenvolvimento pela Universidade Estadual do Paraná (PPGSeD - UNESPAR), membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Diversidade e Cultura (GEPEDIC/CNPq), graduada em Pedagogia (UNESPAR, 2013) e graduada em Psicologia pela Faculdade União de Campo Mourão (Unicampo, 2021), Campo Mourão - Brasil.

Larissa Bezerra, Universidade Estadual do Paraná

Jornalista, mestre em Sociedade e Desenvolvimento pela Universidade Estadual do Paraná (PPGSeD - UNESPAR) e professora mediadora de comunicação da Unicesumar – Maringá - Brasil.

Maria Izabel Rodrigues Tognato, Universidade Estadual do Paraná

Doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pelo LAEL/PUC-SP. Pós-doutorado pela UNIGE-FAPSE - Université de Genève – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação - Suíça. Professora Associada, lotada no Colegiado de Letras – Português/Inglês, membro do corpo docente permanente e orientadora de dissertações no Programa de Pós-Graduação Sociedade e Desenvolvimento (PPGSeD-UNESPAR), Campo Mourão - Brasil.

Fabiane Freire França, Universidade Estadual do Paraná

Doutora em Educação, Professora adjunta do Colegiado de Pedagogia e do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná (PPGSeD - UNESPAR) e docente do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (PPE-UEM), Maringá – Brasil, líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Diversidade e Cultura (GEPEDIC/CNPq).

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Publicado

2023-03-29

Edição

Seção

Artigos