Síndrome congênita do zika vírus: a angústia materna entre o filho idealizado e o filho real
DOI:
https://doi.org/10.18316/rcd.v13i29.7575Palavras-chave:
Gênero. Cuidado. Deficiência. Direitos humanos.Resumo
A epidemia do Zika vírus, vivenciada no país a partir de 2015, fez com que os números de casos de crianças nascidas com deficiência múltipla com graves sequelas aumentassem abruptamente, alterando as vidas maternas. Este artigo é uma parte da dissertação de mestrado intitulada “Mães de Pessoas com Deficiência Múltipla: experiências vividas no itinerário do cuidar”. A pesquisa objetivou identificar as concepções das mães que foram entrevistadas sobre a deficiência. O referencial teórico aborda conceitos da Teoria Crítica da Sociedade, especialmente os estudos de Theodor Adorno, Marx Horkheimer e Marcuse em interlocução com estudos de Goffman e Crochík. O estudo foi realizado na cidade de Ilhéus (BA) e foram entrevistadas oito mães que foram infectadas pelo Zika vírus. Foi uma investigação empírica, de abordagem qualitativa do tipo História Oral, onde analisamos como a mãe foi informado sobre o diagnóstico do(a) filho(a) e qual a concepção materna sobre a deficiência. Os resultados apontaram para uma forte influência do modelo médico na concepção materna sobre deficiência e a necessidade de políticas sociais que incluam uma formação ampla para toda a família, pois a atenção está voltada apenas para a deficiência.
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