Percepção dos futuros enfermeiros em relação à Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e sua futura atuação profissional na perspectiva de atendimento aos pacientes com surdez

Autores

  • Amanda Cordeiro Lima Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Cesar Gomes de Freitas Instituto Federal do Paraná (IFPR).
  • Cristina Lavoyer Escudeiro Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Cristina Maria Carvalho Delou Universidade Federal Fluminense (UFF).
  • Helena Carla Castro Universidade Federal Fluminense (UFF).

DOI:

https://doi.org/10.18316/rcd.v13i31.8348

Palavras-chave:

Surdez. Enfermagem. Atendimento médico. Saúde. Comunicação.

Resumo

A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS é um instrumento de comunicação importante na vida do surdo e de especial relevância quando se trata de usufruir seus direitos como cidadão, em especial, o acesso à saúde. Apesar da importância, a LIBRAS ainda não faz parte da formação do profissional da área de saúde de forma que seja garantido nível de fluência necessária para essa comunicação. Como a extensa maioria dos profissionais de saúde, por não ter fluência ou mesmo conhecer libras, os profissionais de enfermagem usam como estratégia de comunicação: a) gestos, o que dificulta o processo de assistência e socorro imediato; e/ou b) conversa com um familiar ou acompanhante, o que contraria a pauta ética quanto ao sigilo inerente a todo ser humano. O atendimento médico à pessoa surda acaba por tornar-se um desafio, tanto para o profissional de saúde quanto para o próprio surdo, uma vez que o uso de linguagem verbal não existe e precisa ser substituído por outro mecanismo de comunicação. Além disso, a LIBRAS não apresenta diversos sinais na área médica, fazendo com que, mesmo com a presença de um intérprete ou familiar fluente nessa língua, parte da mensagem não seja decodificada a contento, o que resulta em consequências negativas no atendimento dessa população. A proposta deste estudo pauta-se na investigação da percepção dos futuros enfermeiros em relação ao conhecimento e uso da LIBRAS em sua futura profissão. Ainda que existindo uma lei sancionada que orienta a inclusão de libras em alguns cursos, inclusive no curso participante do estudo, os dados obtidos neste trabalho permitem observar a reflexão dos alunos sobre as dificuldades enfrentadas no ambiente profissional do enfermeiro no atendimento do surdo, especialmente quanto às informações prestadas pelo paciente e o entendimento por parte do profissional. Este estudo estimulou a identificação de problemas na comunicação entre o enfermeiro e o paciente surdo pelos alunos de enfermagem, apontando ainda para a necessidade da elaboração de novas diretrizes curriculares essenciais à formação do enfermeiro, do ponto de vista da inclusão social e melhoria da assistência na perspectiva da surdez.

Biografia do Autor

Amanda Cordeiro Lima, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Mestre em Ciências e Biotecnologia pela Universidade Federal Fluminense; Pesquisadora no LABiEMol do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense.

Cesar Gomes de Freitas, Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Doutor em Ensino em Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz, Brasil; Docente no Instituto Federal do Paraná, campus Assis Chateaubriand.

Cristina Lavoyer Escudeiro, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil; Docente da Escola de Enfermagem na Universidade Federal Fluminense.

Cristina Maria Carvalho Delou, Universidade Federal Fluminense (UFF).

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil; Docente na Universidade Federal Fluminense.

Helena Carla Castro, Universidade Federal Fluminense (UFF).

Doutora em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil; Docente da Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2021-12-01

Edição

Seção

Artigos