Profissão Docente: adolescentes e adultos emergentes escolhem ser professores?
DOI:
https://doi.org/10.18316/recc.v28i1.10373Palavras-chave:
Adolescência, Escolha profissional, Docência, Pensamento complexo.Resumo
Esta pesquisa tem como objeto a escolha da docência por adolescentes e adultos emergentes matriculados nos primeiros e segundos semestres de cursos de licenciaturas, públicos e privados, com a intenção de identificar e compreender as influências, as peculiaridades das experiências e das histórias de vida, e as determinações externas e internas que induziram a opção pela Educação. Emprega a abordagem qualitativa de investigação e utiliza-se de entrevistas abertas em aprofundamento, com quinze estudantes distribuídos por quatro áreas do conhecimento: Filosofia, Geografia, História e Letras. Destaca quatro Unidades de Significado - Adolescência e processo de escolha profissional, Identificação com o professor, O ambiente e a experiência escolar, Educação como ferramenta de transformação – associadas a Expressões Significativas correspondentes para apontar os elementos captados nas narrativas, com o intuito de demonstrar os percursos dos estudantes no processo de opção profissional. A epistemologia da complexidade, nas proposições de Edgar Morin, ancora a compreensão e as análise das narrativas, pautando-se, em especial, nos princípios operadores – hologramático, recursivo, dialógico, exclusão e inclusão -, nos complexos imaginários (PIT) e na compreensão humana. As análises, em movimento contrário às conclusões da literatura consultada acerca da temática, denotam que há ainda os jovens têm interesse em seguir a carreira e os principais influenciadores são os genitores e o grupo de iguais, em uma dinâmica projetiva-identificatória inspiradora. No ambiente escolar são os docentes que mobilizam o apreço pelo campo de trabalho e imprimem características pessoais ao ato educativo e possibilitam identificação e compreensão da função e do papel do educador, tanto em situações positivas como negativas, em um curso antagônico-complementar. Nota-se, majoritariamente, que a intenção é fazer da educação uma ferramenta de transformação social e educacional.
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