Que Pensam os Estudantes Universitários sobre a Procrastinação Acadêmica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18316/recc.v28i3.10818

Palavras-chave:

Procrastinação acadêmica, Estudantes universitários, Qualitativo

Resumo

O presente estudo teve como objetivo explorar a procrastinação acadêmica na percepção de estudantes universitários. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa e exploratória, da qual participaram oito alunos de diferentes períodos e cursos. Os dados foram obtidos por meio da técnica denominada grupo focal, que foi processada no software IRAMUTEQ e analisada a partir da Classificação Hierárquica Descendente (CHD). Os resultados indicam que os alunos têm consciência da procrastinação, são capazes de compreender o momento em que ocorre o comportamento, declarando-se conscientes dos motivos e das consequências negativas a nível pessoal, académico e relacional. Apesar dos grandes transtornos e problemas causados pelo adiamento, eles dizem não conseguir controlar a procrastinação. O conhecimento produzido pode colaborar com ações institucionais eficientes sobre o comportamento de procrastinação. 

Biografia do Autor

Isabela Silva Rodrigues, Universidade Salgado de Oliveira

Mestre em Psicologia Social Universidade Salgado de Oliveira.

Adriana Benevides Soares, Universidade Salgado de Oliveira e Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Titular do Departamento de Cognição e Desenvolvimento e do programa de Pós-gradução em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Professora Titular do programa de Pós-gradução em Psicologia da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental pela Uniredentor e estágio pós-doutoral realizado na Universidade Federal de São Carlos e na Universidade São Francisco.

Marcia Cristina Monteiro, Universidade Salgado de Oliveira

Doutora pela Universidade Salgado de Oliveira. Estágio Pós-doutoral Universidade Salgado de Oliveira e Univiersidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora no Programa de Pós-graduação Universidade Salgado de Oliveira. Psicoterapeuta Cgnitivo Comportamental . Orientadora Educacional Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

ALMEIDA, L. S.; ARAÚJO, A. M.; MARTINS, C. Transição e adaptação dos alunos do 1º ano: Variáveis intervenientes e medidas de atuação. In: Seminário “Ser Estudante no Ensino Superior: O caso dos estudantes do 1. º ano”, Braga, 2016, p.146-164. http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/42318

ARAÚJO, A. M., et al. Dificuldades antecipadas de adaptação ao ensino superior: um estudo com alunos do primeiro ano. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, Braga, v.3, n.2, p. 102-111, 2016. https://doi.org/10.17979/reipe.2016.3.2.1846

BYTAMAR, M. J.; ZENOOZIAN, S.; DADASHI, M.; SAED, O.; HEMMAT, A.; MOHAMMADI, G. Prevalence of Academic Procrastination and Its Association with Metacognitive Beliefs in Zanjan University of Medical Sciences. Journal of Medical Education Development, Iran, v. 10, n. 27, p. 84-97. 2018. https://doi.org/10.29252/edcj.10.27.84

CAMARGO, B. V.; JUSTO, A. M. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, v. 21, n. 2, Ribeirão Preto, p. 513-518, 2013. https://doi.org/10.9788/tp2013.2-16

CHEN, B. B., & CHANG, L. Procrastination as a fast life history strategy. Evolutionary Psychology, Budapest, v. 14, n.1, p. 1-5. 2016 https://doi.org/10.1177/1474704916630314

CODINA, N.; VALENZUELA, R.; PESTANA, J. V.; GONZALEZ-CONDE, J. (2018). Relations between student procrastination and teaching styles: autonomy-supportive and controlling. Frontiers in Psychology, United Kingdom, v. 9, p. 1-7. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00809

COSTA, G. M., et al. A procrastinação e autorregulação da aprendizagem em estudantes universitários: um ensaio temático. Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista, v.11, n. 12, p. 1-12, 2022. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34914

D.SILVA, J. M. et al. Procrastinação e desempenho acadêmico: indícios por meio da análise de correspondência. Revista Mineira de Contabilidade, Belo Horizonte, v. 17, n. 3, p. 16-31. 2016. https://revista.crcmg.org.br/rmc/article/view/354

EFE, H. A.; EFE, R. The Relationship between Academic Procrastination Behaviors of Preservice Science Tachers and Their Attitudes Toward Social Media. Journal of Education and e-Learning Research, Medan, v. 5, n. 2, p. 102-109. 2018. https://doi.org/10.20448/journal.509.2018.52.102.109

FERRARI, J. R. Introduction to “Procrastination, Clutter, & Hoarding”. Current Psychology, Grand Forks, v. 37, n. 2, p. 424-425. 2018. https://doi.org/10.1007/s12144-018-9803-0

HAGHBIN, M. Conceptualization and operationalization of delay: Development and validation of the multifaceted measure of academic procrastination and the delay questionnaire These (Doctoral of Philosophy in Psychology), Carleton University, Ottawa, Canada, p. 781, 2015. https://curve.carleton.ca/dc303d5d-aaae-4873-bd46-4d6f1aff24e6

HEN, M.; GOROSHIT, M. General and Life-Domain Procrastination in Highly Educated Adults in Israel. Frontiers in Psychology, Brussels, v. 9, p. 1-8. 2018. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.01173

JANSSEN, J. Academic Procrastination: Prevalence Among High School and Undergraduate Students and Relationship to Academic Achievement. These (Doctoral Doctoral of Philosophy), Georgia State University, United States, p. 24, 2015. https://scholarworks.gsu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1115&context=epse_diss

KANDEMIR, M. Predictors of Academic Procrastination: Coping with Stress, Internet Addiction and Academic Motivation. World Applied Sciences Journal, Giza, v. 32, n. 5, p. 930-938.2014. https://doi.org/10.5829/idosi.wasj.2014.32.05.60

KAVESKI, I. D. S., BEUREN, I. M., CARDOZO, M. A., & BARP, A. D. Fatores que levam à procrastinação e sua influência na vida acadêmica de discentes do curso de Ciências Contábeis. Seminários de Administração XX SemeAd. São Paulo, 2017. https://login.semead.com.br/20semead/anais/resumo.php?cod_trabalho=1357

LEAL, M.L.S.; CAMPOS, P.H.F. Grupo Focal e os processos grupais. In K.A.M.B. Motta (Org.) Trabalhos com grupos: trilhas essenciais, p. 79-84, 2013. Curitiba, Editora CRV.

MOHAMMADI, M., TAHRIRI, A., & HASSASKHAH, J. The Relationship between Internet Use and Academic Procrastination of EFL Learners across Years of Study. International Journal of Applied Linguistics and English Literature, Doncaster, v. 4, n. 1, p. 231-241. 2015.https://doi.org/10.7575/aiac.ijalel.v.4n.1p.231

MOLETA, D.; RIBEIRO, F.; CLEMENTE, A. Fatores determinantes para o desempenho acadêmico: Uma pesquisa com estudante de Ciências Contábeis. Revista Capital Científico-Eletrônica, Guarapuava-Irati, v. 15, n. 3, 24-41. 2017. https://doi.org/10.5935/2177-4153.20170019

RICHARDS, S. W. Cognitive Differences Among Academic Procrastination Types. These (Doctoral of Philosophy) Capella University, Minnesota, United States, p. 24, 2018. https://www.proquest.com/openview/689595f0e083d4fcd58d49f3a28f591c/1?pq-origsite=gscholar&cbl=18750

SAMPAIO, R. K. N.; POLYDORO, S. A. J.; ROSÁRIO, P. Autorregulação da aprendizagem e a procrastinação acadêmica em estudantes universitários. Cadernos de Educação, Pelotas, v. 42, p. 119-142. 2012. https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/view/2151/1968

SEMPREBON, E.; AMARO, H. D.; BEUREN, I. M. A Influência da Procrastinação no Desempenho Acadêmico e o Papel Moderador do Senso de Poder Pessoal. Education Policy Analysis Archives, Tempe, v. 25, p. 1-24. 2017. https://doi.org/10.14507/epaa.25.2545

SVARTDAL, F.; LØKKE, J. A. The ABC of academic procrastination: Functional analysis of a detrimental habit. Frontiers in Psychology, 13, 01-18. 2022. http://dx.doi.org/ 10.3389/fpsyg.2022.1019261

SVARTDAL, F., NENTCAM, E. Past Negative Consequences of Unnecessary Delay as a Marker of Procrastination. Frontiers in Psychology, Brussels, v. 21, n.13, p. 1-18. 2022. https http://dx.doi.org/10.3389/fpsyg.2022.787337.

STEEL, P. (2012) A equação de deixar para depois (1a ed.). Rio de Janeiro: BestSeller, 2012.

STEEL, P.; FERRARI, J. Sex, Education and Procrastination: An Epidemiological Study of Procrastinators' Characteristics from a Global Sample. European Journal of Personality, Tilbug, v. 27, n.1, p. 51-58, 2013. https://doi.org/10.1002/per.1851

STEEL, P.; SVARTDAL, F.; THUNDIYIL, T.; BROTHEN, T. Examining procrastination across multiple goal stages: a longitudinal study of temporal motivation theory. Frontiers in Psychology, Brussels, v. 9, p. 1-16, 2018. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00327

TRAD, L. A. B. Grupos focais: conceitos, procedimentos e reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n.3, p. 777-796, 2009. https://doi.org/10.1590/S0103-73312009000300013

VIEIRA-SANTOS, J.; RODRIGUES MALAQUIAS, V. N. Procrastinação acadêmica entre estudantes universitários brasileiros. Educação em Foco, Belo Horizonte, v. 25, n.47, p. 1-24, 2022. https://doi.org/10.36704/eef.v25i47.5816

VISSER, L.; KORTHAGEN, F. A.; SCHOONENBOOM, J. Differences in learning characteristics between students with high, average, and low levels of academic procrastination: Students’ views on factors influencing their learning. Frontiers in Psychology, Brussels, 9, p. 1-15, 2018. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00808

WYPYCH, M. W.; MATUSZEWSKI, J.; DRAGAN, W. L. Roles of impulsivity, motivation, and emotion regulation in procrastination–Path analysis and comparison between students and non-students. Frontiers in Psychology, Brussels, 9, p. 1-10, 2018. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00891

Downloads

Publicado

2023-12-06

Edição

Seção

Artigos