Circo e a extensão universitária: ensinar e aprender
DOI:
https://doi.org/10.18316/recc.v28i2.10563Palabras clave:
Extensão Universitária, Corpo, Circo, Educação.Resumen
A extensão universitária proporciona a troca de valores entre a comunidade
acadêmica e a sociedade, em uma via de mão dupla. Aqui, objetivamos discutir a extensão como espaço de produção, partilha e troca de saberes, como agente potencializador da formação e humanização de discentes, narrando experiências e percursos de estudantes universitários extensionistas, a partir da participação como monitores no projeto de extensão “Circo em Contextos”. De natureza qualitativa, optamos pela elaboração de um estudo descritivo, realizado a partir de entrevistas com
monitores que atuaram no projeto Circo em Contextos da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO). Observamos que as práticas corporais circenses, pautadas na experimentação e segurança, subsidiaram também a formação cultural dos indivíduos. A partir da experimentação das práticas corporais circenses, a existência individual, materializada no corpo, se torna uma tela em branco que acolhe as mais diversas formas de ser gente. As experiências do projeto contribuíram para a formação de profissionais qualificados, de serem humanos sensíveis, ampliando a compreensão e o respeito às diversidades. As motivações pessoais dos monitores, aliadas aos interesses extracurriculares, proporcionam uma relação de benefício mútuo entre agentes universitários e não universitários. Este estudo evidenciou o tamanho potencial que um projeto de extensão pode ter, impactando na formação pessoal e acadêmica dos monitores, assim como na qualidade de vida da comunidade envolvida. As práticas extensionistas, por estarem atreladas a realidade social de cada região, são essencialmente singulares e particulares. Acreditamos que, ao compartilhar reflexões decorrentes delas, podemos fomentar ações e instigar estudos que discutam o impacto da extensão na formação universitária e seus benefícios perante a sociedade. E, desse modo, esclarecer sua importância e fomentar maior reconhecimento da extensão como espaço de produção e democratização de conhecimento.
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