“Mas o que tinha no meu corpo?” Discutindo sobre infâncias e transexualidade
DOI:
https://doi.org/10.18316/recc.v24i3.5512Palavras-chave:
Infâncias, Scripts de Gênero, Transexualidade, Cisheternormatividade.Resumo
Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que tem por objetivo discutir e tensionar a construção e (des)arranjos dos scripts de gênero nas infâncias, percebendo as situações que estão em jogo quando o assunto se refere à constituição de corpo, gênero e sexualidade das crianças, especialmente em relação ao tema da transexualidade. A metodologia utilizada foi a da entrevista-narrativa com três mulheres trans e três homens trans . Buscando apoio teórico nos Estudos de Gênero, de inspiração pós-estruturalista, bem como nos Estudos Queer, pode-se concluir que: a) a transexualidade é uma expressão identitária de caráter contingente que sofre constantemente regulações cisheteronormativas, de ordem social e familiar. b) o poder pastoral e a hipótese repressiva tornam-se tecnologias com vistas na regulação dos corpos. c) mesmo diante de todas as repressões sofridas, as crianças que apresentam variante de gênero operam técnicas para subverter a cisheteronorma.
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