Hermenêutica e Ciência: Hans-Georg Gadamer e Thomas Kuhn
DOI:
https://doi.org/10.18316/1604Palavras-chave:
Hermenêutica, Hans-Georg Gadamer, Thomas Kuhn, Filosofia da Ciência, Science StudiesResumo
É possível ouvir Immanuel Kant dizer que se deve ter coragem de servir-se do próprio entendimento na labuta científica; também é possível ouvir posturas científicas influenciadas por este mesmo leitmotiv, que têm como princípio apenas o que pode ser provado, afirmar que nenhum conhecimento será aceito se não se encaixar nas novas normas de cientificidade. Ambas as posturas são, como se percebe, movimentos de resistência ao conhecimento recebido do passado, tido pelos representantes do Aufklärung como desvios que configuram um tipo de conhecimento acrítico. Entendemos que a respeito desta questão, Hans-Georg Gadamer e Thomas Kuhn têm algo interessante a dizer. Empreendemos, então, uma pesquisa tentando compreender se há alguma aproximação entre eles ou se ambos acabam por se mover em direções distintas.Palavras-chave: Hermenêutica. Hans-Georg Gadamer. Thomas Kuhn. Filosofia da Ciência. Science Studies.
Hermeneutics and science: Hans-Georg Gadamer and Thomas Kuhn
Abstract
You can listen to Immanuel Kant say that one must have the courage to serve his own understanding of the scientific labors; you can listen also scientific postures influenced by this same "leitmotiv" claim that no knowledge will be accepted if it does not fit the new standards of scientificity. Both positions are movements of resistance to received knowledge from the past, taken by representatives of the Aufklärung as deviations that constitute a kind of uncritical knowledge. We understand that on this issue Hans-Georg Gadamer and Thomas Kuhn have something interesting to say. Then we undertook a research trying to understand if there is some approximation between them or if they both end up moving in different directions.
Keywords: Hermeneutics. Hans-Georg Gadamer. Thomas Kuhn. Philosophy of Science. Science Studies.
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