O fetiche das mercadorias: a face oculta do contato entre índios e brancos

Autores

  • José Sávio Leopoldi Universidade Federal Fluminense, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18316/rcd.v10i20.4439

Palavras-chave:

Contato interétnico. Índios. Homens broncos. Mercadorias.

Resumo

O trabalho visa discutir a relação dos grupos indígenas com os produtos industrializados, disponibilizados pelos brancos no processo de contato interétnico. Aquela relação sempre foi uma ponte permanentemente reconstruída entre as populações silvícolas e quaisquer segmentos da sociedade não-índia com que entravam em contato. A despeito de inevitáveis resistências culturais, incertezas, contradições e desafios que a aceitação das mercadorias implicava, o caminho foi um só: a submissão indígena ao poder dos itens industrializados que se foram impondo à vida cotidiana tanto em termos tecnológicos quanto, e especialmente, simbólicos. Mais do que à força das armas, os índios se curvaram ao “exército das mercadorias”, submetendo-se ao poder dos brancos, materializado no dinheiro e nos itens de consumo.

Biografia do Autor

José Sávio Leopoldi, Universidade Federal Fluminense, Brasil.

Doutorado e Pós-Doutorado pela Universidade de São Paulo/USP; Professor do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense/UFF.

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Publicado

2018-07-10

Edição

Seção

Artigos