POLÍTICAS UNIVERSITÁRIAS E GÊNERO:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA QUALITATIVA DE ARTIGOS BRASILEIROS

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18316/rcd.v15i40.11226

Palabras clave:

Políticas Universitárias, Gênero, Mulheres, Ensino Superior

Resumen

As universidades se constituem como espaços potentes para a diminuição das iniquidades de gênero, principalmente em relação à formação profissional e o desenvolvimento científico. Para tal propósito, ações e políticas universitárias precisam ser desenvolvidas e alinhadas a fim de promover condições de ingresso, permanência e avanços na carreira acadêmica. Em vista disso, neste estudo foi realizado o levantamento bibliográfico em formato de Revisão Sistemática Qualitativa das produções nacionais em português sobre as políticas universitárias e gênero, tendo como foco as políticas ou estudos que abrangem as mulheres. No processo metodológico, foram realizadas string de consulta no Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. Os trabalhos selecionados são dos últimos dez anos, correspondente ao período de 2012 a 2022. O levantamento inicial resultou em 312 artigos, após averiguação e análise dos artigos foi possível constatar 09 trabalhos sobre o tema pesquisado. Como resultado foi identificado que as políticas universitárias e gênero, principalmente referente ao feminino, são incipientes e ainda insuficientes para englobar as novas facetas percebidas como dificuldades na formação das discentes no Ensino Superior.

Biografía del autor/a

Leihge Roselle Rondon Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação - PPGE da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Mestra em Psicologia (UFMT). 

Silvia Diamantino Ferreira de Lima, Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus São Vicente: Santo Antonio do Leverger, MT, BR

Cristiano Maciel, Universidade Federal de Mato Grosso

Graduate at Bacharelado em Informática from Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1995), master's at Computer Science from Universidade Federal de Santa Catarina (1997) and ph.d. at Computer Science from Universidade Federal Fluminense (2008)

Citas

ALMEIDA, R. de. Bolsonaro presidente: conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira. Novos Estudos CEBRAP, n. 38, São Paulo, p. 185-213, abr. 2019.

ANDRADE, J. A. M., SANCHES, M. P. T., SIMÕES, H. C. G. Q. Educação em direitos humanos e multiculturalismo: políticas de gênero na educação superior. Dialogia, São Paulo, n. 31, p. 133-143. jan./abr. 2019.

BITENCOURT, S. M. A maternidade para um cuidado de si: Desafios para a construção da equidade de gênero. Estudos De Sociologia, v. 24, n. 47. 2020.

BUTLER, J. Cuerpos que importan: sobre los limites materiales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires: Paidós, 2002.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. São Paulo: Editora Record, 2012.

CARVALHO, M. P. de. Mau aluno, boa aluna? Como as professoras avaliam meninos e meninas. Revista de Estudos Feministas, v. 9, n. 2, p. 554-574, 2001.

CARVALHO, M. P. de. Quem são os meninos que fracassam na escola? Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 121, São Paulo, p.11-40, 2004.

CESARIO, G., SILVEIRA, N. DA, BIM, S., MACIEL, C. Por Mais Mulheres na Computação: análise dos trabalhos publicados no X Women in Information Technology. In: XI Women in Information Technology, São Paulo, 2017.

CHASSOT, A. A ciência é masculina? É, sim senhora! São Leopoldo: Unisinos, 2010.

GERVASONI, T. A., COSTA, M. M. M. A (re)articulação das políticas públicas de gênero no Brasil com base no princípio jurídico da subsidiariedade e da descentralização. Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 7, p. 107-122, 2017

GRANT, M. J., BOOTH, A. A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, 26, p.91–108, 2009.

GROSSI, M., BORJA, S. D. B., LOPES, A. M., ANDALÉCIO, A. M. L. As mulheres praticando ciência no Brasil. Revista de Estudos Feministas. v. 24, n. 1, p.11-30, 2016.

GUEDES, M. de C. A presença feminina nos cursos universitários e nas pós-graduações: desconstruindo a ideia da universidade como espaço masculino. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, supl., p.117-132, jun. 2008.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Censo da Educação superior 2020. Sinopse Estatística. Brasília, 2020.

LOMBARDI, M. R. Engenheiras brasileiras: inserção e limites de gênero no campo profissional. Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 127, p.173-202, jan./abr. 2006.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 6ª.ed. São Paulo: Vozes, 1997.

MACHADO, R. N. da S., ALMEIDA, A. C. de M. Mulheres no mercado de trabalho do magistério superior. Perspectiva, v. 39, n. 2, p. 1-22. 2021.

MENDONÇA, F. V. K. M., DINIZ, M., MAIA, M. R. Gênero e sexualidades no contexto da universidade pública: estudo de caso do Projeto Vidas - UFOP. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, SP, v. 7, 2020.

MIRANDA, C. M. Os movimentos feministas e a construção de espaços institucionais para a garantia dos direitos das mulheres no Brasil. NIEM - Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre a Mulher e Gênero. 2009.

MOSCHKOVICH, M., ALMEIDA, A. M. F. Desigualdades de Gênero na Carreira Acadêmica no Brasil. Dados – Revista de Ciências Sociais, v. 58, n. 3, p. 749–789, jul. 2015.

PALMEIRA, L. L. L. Student assistance for LGBTQIA+ students: an analysis of institutional policies within the scope of the University Residence of a Federal University in Brazil. Revista Tempos e Espaços em Educação. v. 15, 34, 2021.

RAIS. “Painel de Informações da RAIS”. Brasília: Ministério da Economia. 2021. Available in: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYTJlODQ5MWYtYzgyMi00NDA3LWJjNjAtYjI2NTI1MzViYTdlIiwidCI6IjNlYzkyOTY5LTVhNTEtNGYxOC04YWM5LWVmOThmYmFmYTk3OCJ9

SANTOS, B. de S. Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural. Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 56.

SANTOS, V. L. A., CARVALHO, T. F. M, BARRETO, M. do S. V. Mulheres na Tecnologia da Informação: Histórico e Cenário Atual nos Cursos Superiores. In: XV Women In Information Technology (WIT), Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, p. 111-120, 2021.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Tradução: Christine Rufino Dabat, Maria Betânia Ávila. Texto original: Joan Scott- Gender: a useful category of historical analyses. Gender and the polítics of history. New York, Columbia University Press. 1989.

SÍGOLO, V. M., GAVA, T., UNBEHAUM, S. Equidade de gênero na educação e nas ciências: novos desafios no Brasil atual. Cadernos Pagu [online]. 2021.

SILVA, E. L. dos S. Entre silenciamentos e invisibilidades: ausência de discussões curriculares e políticas institucionais de gênero e sexualidade na universidade. Revista Diversidade e Educação, V.7, n.1, p. 39-63, 2019.

SOBROSA, M. D., FREITAS, K. O. Os Estudos de Gênero no Desenvolvimento das Políticas Institucionais de Gênero de duas Instituições de Ensino Superior do Rs. Diversidade sexual, étnico-racial e de gênero, saberes plurais e resistências. Campina Grande, p. 352 - 363, 2021.

TEIXEIRA, A. Educação e Universidade. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1988.

VERÇOSA, E. de G. História do Ensino Superior em Alagoas: verso e reverso. Maceió: editora EDUFAL, 1997.

Descargas

Publicado

2023-12-06

Número

Sección

Artigos