Barbárie infinita e amnésia pós-colonial em Anil's ghost, de Michael Ondaatje

Autores/as

  • Vanessa Cianconi Vianna Nogueira

DOI:

https://doi.org/10.18316/521

Palabras clave:

Cultura. Orientalismo. Pós-colonialismo. Memória.

Resumen

A diferença racial é uma espécie de buraco negro que pode engolir todas as aptidões para o mal, o barbarismo e a sexualidade descontrolada. O contato entre a diferença racial e a diferença identitária cria entre a metrópole e a colônia um mal-estar nos valores do colonizador. A barbárie, dessa forma, existe na própria cultura. Logo, as barreiras são produzidas. O Oriente, considerado por Said como uma criação do discurso é, exposto de volta para o Ocidente, mostrando que o sonho pós-colonial de descontinuidade é vulnerável ao resíduo infeccioso de seu próprio passado não resolvido e que o desejo de um novo começo (luta anticolonial) provoca uma amnésia pós-colonial em muitas ex-colônias, como uma tentativa de um novo começo, isto é, livre dos fantasmas do trauma da colonização. Anil’s Ghost, de Michael Ondaatje, é uma história ficcionalizada da passagem do tempo que daria significado a essa barbárie. Dar nome ao corpo era como olhar para os olhos do Buda. Esse significado, quer dizer, rememorar o passado, abriria portas para escapar da dor e do medo.

Palavras-chave:Cultura. Orientalismo. Pós-colonialismo. Memória.

Never-ending barbarism and postcolonial amneesia in Anil´s Ghost, by Michael   Ondaatje

Abstract: Racial difference is a species of black hole which can swallow every single aptitude to evil, barbarism, and uncontrolled sexuality. The contact between racial and identity differences creates an evil being between the metropolis and the colony. Barbarism, therefore, exists in culture itself creating barriers. The West, considered by Said as a discourse creation, is exposed back to the East, showing that the post-colonial dream of discontinuity is vulnerable to the sick residue of its own unresolved past, and the desire of a new beginning provokes a post-colonial amnesia in many ex-colonies,  that is, free from the colonization ghosts. Anil’s Ghost, by Michael Ondaatje, is a fictionalized story of time that gave meaning to this barbarism. To name the body meant to look into the Buddha’s eye. This meaning, that is, to re-remember the past, would open the doors in order to flee from the fear and the pain.

Keywords: Culture. Orientalism. Post-colonialism. Memory.

Publicado

2012-08-27

Número

Sección

Artigos