A ESFERA DE TOMADA DE DECISÃO EM SITUAÇÕES DE CRISE
A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO E ESPECIALISTA (O PARÂMETRO CONFIANÇA)
DOI:
https://doi.org/10.18316/rcd.v15i39.11154Palavras-chave:
Crise, Esfera de tomada de decisão, Gestão, Especialista, ComponenteResumo
A crise sanitária, como qualquer outra crise, é um evento inesperado que trouxe à tona uma série de disfunções. Sua ocorrência e disseminação não deram tempo suficiente aos Estados para se prepararem para lidar com as consequências dessa crise. O fenômeno da COVID-19 revelou a realidade do processo de tomada de decisão das instituições. Foi um revelador das disfunções relacionadas ao processo de gestão de crises, que tinha como objetivo tomar decisões capazes de proteger os Estados e reduzir as consequências da crise como um todo. No entanto, não podemos ignorar a complexidade do processo de tomada de decisão, que é complexo devido a vários fatores, como a qualidade das informações disponíveis, a diversidade das opções possíveis e a incerteza. Em situações de crise, o processo de tomada de decisão se torna ainda mais complexo, pois o fator "tempo" é restrito, senão inexistente. Isso torna a capacidade de tomar decisões delicadas diante dos desafios e a existência de uma probabilidade de falha que não era tolerável durante uma crise sanitária. Conscientes dessa complexidade, as instituições criaram uma entidade que podemos descrever como a esfera de tomada de decisão, composta pela gestão e pelo especialista. A gestão fornece uma visão geral e uma perspectiva estratégica, levando em consideração todos os aspectos relacionados à organização, como reputação, aspectos financeiros e operacionais. Enquanto o especialista fornece informações com base em sua experiência e conhecimento especializado. Suas opiniões são, portanto, essenciais em situações de crise, e graças à sua experiência, os especialistas têm a capacidade de fornecer recomendações embasadas que a gestão pode utilizar para tomar decisões informadas. Esses dois componentes não podem operar separadamente e devem ser capazes de colaborar e cooperar, demonstrando flexibilidade e adaptabilidade para alcançar o resultado desejado: sobreviver à crise. O objetivo deste artigo é explorar os componentes da esfera de tomada de decisão em tempos de crise e demonstrar a relação que deve ser estabelecida entre a gestão e o especialista em situações de crise.
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